quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Mra!

Ontem o túnel da realidade de Heinzkarlo intersectou a música "Mra" do grande grupo Brotherhood of Breath, liderado pelo músico sul-africano Chris McGregor. É um formato big band de influência africana intensa. Os músicos são os mestres do jazz sul-africano: Diyani, Feza, Pukwana...muitos metais: trompetes, saxofones, trombones. Ritmo, ritmo. Os trombones tocam uma pequena frase, nem chega a melodia, uma frase repetitiva que inclui uma terceira maior ascendente ligeiramente aumentada de um quarto de tom...este intervalo musical colocou Heinzkarlo num discreto transe que se prolonga para o dia seguinte...hoje! Assim, com esta música veio, por meio da deliciosa frase dos trombones, um conjunto de imagens do grupo Brotherhood of Breath a dar concertos, em manifestações supremas de Shakti musical. Alegria, dança, expansão, energia, vigor, luz, riso, loucura. Tanto, num intervalo de terceira maior acrescido de um quarto de tom! Heinzkarlo experimenta no seu ser os efeitos dos antigos modos gregos...já o musicólogo Edgar Elgar chamava a atenção para este facto: os modos gregos são mais vivos do que se pensa. Dizer que os modos gregos correspondem às teclas brancas do piano (dó a dó, ré a ré, etc.) é uma simplificação abstracta desprovida de prática. Nas palavras de Venâncio Paganini: "Saber sem experiência é gelo fino".

2 comentários:

Unknown disse...

É interessante! O mesmo acontece-me com uma sinfonia de Vivaldi. Mas não sei s tem a ver com temperamentos.

Unknown disse...

Com temperamentos não sei, mas com temperos, sem dúvida! Estou cheia de vontade de ir ao Adro!